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Não é novidade que o perfil do gamer brasileiro é de uma mulher jovem adulta que usa o smartphone para jogar. Agora, uma das informações que a nona edição da Pesquisa Game Brasil (PGB) mostra é que houve um aumento de pessoas que afirmaram ter o costume de jogar games digitais.
Mesmo sendo um pequeno avanço em relação ao ano anterior, um aumento de 2,5 pontos percentuais (pp), o total de brasileiros que disseram ter o hábito já soma 74,5%. Esse avanço pode significar um reflexo dos tempos de isolamento social.
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Tem interesse em saber mais novidades dessa pesquisa? Confira agora os destaques da PGB22.
Resultados da Pesquisa Game Brasil de 2022 (PGB22)
O que é a PGB22?
A Pesquisa Game Brasil é um estudo de referência na área de jogos eletrônicos desenvolvido pelo Sioux Group e Go Gamers em parceria com Blend New Research e a faculdade Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
Criada em 2013, seu objetivo sempre foi buscar compreender o público e o ecossistema dos jogadores por meio de mais de 13 mil pessoas de todo o território brasileiro que responderam a um questionário online.
Quem são os gamers do Brasil em 2022?
A pesquisa voltou a reforçar a presença feminina no público de consumidores de jogos digitais. Podemos dizer, então, que as mulheres entre 20 e 24 anos que jogam no smartphone traçam o perfil do gamer brasileiro.
Apesar da pequena diferença (51% contra 49%), uma das hipóteses da dominância é o mercado de celulares, em que a presença delas é expressiva. Já os homens, por sua vez, tendem a preferir consoles e computadores, respectivamente, antes dos aparelhos telefônicos.
Ao mesmo tempo, a PGB22 indicou que menos mulheres se entendem como gamer do que homens. Sobre a identificação, os pesquisadores fizeram uma suposição: mesmo com o gosto pela jogatina, ainda não há uma “identidade” do jogador ou, ainda, um grande envolvimento com os títulos eletrônicos.
O que a pesquisa disse sobre as plataformas dos jogos? Qual é a plataforma mais jogada no Brasil em 2022?
Independentemente de ser homem ou mulher, o estudo trouxe um resultado unânime: o smartphone é a plataforma "queridinha". Em seguida, estão os computadores (PC e notebook) e os consoles. Vale ressaltar que, em todos os casos, a casa é o local preferido para se jogar.
O sucesso do dispositivo é tanto que cerca de 3 em cada 10 entrevistados disseram que jogam todos os dias nele. Já os que preferem outros aparelhos tendem a usá-los menos, entre um ou dois dias na semana. Porém, os games online aparecem com mais frequência: 36,9% dos entrevistados afirmaram jogá-los todos os dias.
Reflexos do isolamento social
Durante o período pandêmico, as pessoas precisaram reinventar as maneiras de trabalhar, estudar e, principalmente, entreter-se. É normal que houvesse uma mudança de hábito na forma de consumo de jogos digitais, e a PGB22 revelou alguns pontos que indicam essa alteração.
Uma característica expressiva apresentada é que 76,5% das pessoas responderam que games eletrônicos são a principal forma de entretenimento – um aumento de 8,5 pp. De acordo com a pesquisa, isso pode significar um reflexo do isolamento social, em que se buscaram outras formas de entretenimento.
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Além disso, sobre a frase “Eu joguei mais games durante o período do isolamento social”, 72,2% dos entrevistados concordaram total ou parcialmente com a afirmação.
Desse modo, quanto à pergunta se tinham a prática de marcar jogatinas online com os amigos, o número dos que responderam positivamente cai para 57,9 – o que ainda é um aumento de 6,4 pp comparado ao ano passado.
Entretanto, vale ressaltar que os novos hábitos não indicam que os jogadores adquiriram a preferência de ficar apenas em casa jogando. Pelo contrário: 48,6% expressaram que querem voltar a participar de eventos de games presenciais – o que, sem dúvidas, é um alívio para os produtores e organizadores.