Critical Ops

Historicamente, as plataformas mobile são um terreno instável para curtir games FPS – podendo resultar em jogos ótimos e outros nem tão bons. Critical Ops, felizmente, se encaixa na primeira categoria, trazendo para os celulares uma espécie de versão de bolso da aclamada franquia Counter-Strike, mantendo boa parte do que faz a série ser divertida nos PCs.

Uma das conquistas mais surpreendentes do título é a fluidez com que o app roda mesmo em celulares mais humildes – e sem abocanhar muito do armazenamento do seu aparelho. Os loadings são razoáveis, as partidas fluem com alta taxa de quadros por segundo e a sensação geral ao adentrar as fases urbanas cheias de caminhos sinuosos e objetos espalhados é de realmente estar curtindo uma partida clássica de CS.

Apesar de não serem tão detalhados e assustadoramente bonitos como os de Modern Combat 3: Fallen Nation, os gráficos de Critical Ops são bons o suficiente para garantir a imersão do jogador e não atrapalhar a identificação de inimigos na hora do tiroteio. É compreensível que o visual não esteja no mesmo patamar de uma opção single player, já que, no caso do game da Critical Force, o celular precisa renderizar dezenas de jogadores envolvidos na ação online.

Para garantir que todos se sintam em casa, o jogo também apresenta outros elementos tradicionais do gênero de Terrorists versus Counter-Terrorists, como instalação ou o desarmamento de bombas – dependendo do seu time –, aquisição de armas mais poderosas e customização da aparência do seu equipamento. Essas skins podem ser adquiridas com baús de recompensa na loja de microtransações e são divididas em diversos patamares.

É preciso se dedicar

Se tudo são flores nas partidas ou nos menus bastante intuitivos do aplicativo, a coisa pode desandar um pouquinho na hora de efetivamente controlar o seu agente. Isso porque, devido à complexidade de games nesse estilo, é preciso manejar corretamente uma série de comandos para não se tornar um “peso morto” para a sua equipe. Um direcional virtual na esquerda da tela movimenta o personagem, enquanto deslizar o dedo pelo display cuida da visão dele.

Botões adicionais incluem agachar para ganhar mais precisão, pular para ter acesso a pontos mais altos e, claro, disparar para mandar bala nos malfeitores – ou na polícia! Tudo isso pode ser bastante confuso de início e frustrar um pouco jogadores iniciantes ou o pessoal que veio de FPS para PCs. Em contrapartida, quem costuma brincar em jogo do gênero nos video games deve se familiarizar rapidamente com o sistema.

Vale notar que, por estar em sua versão Alpha, Critical Ops pode apresentar alguns bugs ou desconexões durante as partidas. Felizmente, a desenvolvedora fez um bom trabalho em minimizar esses problemas e parece ter entregado um produto bem redondinho, que, de quebra, disponibiliza modo espectador, integração com a Google Play Games ou o Facebook e permite que você crie seu próprio servidor multiplayer.